sábado, 15 de maio de 2010

Energias Limpas


São fontes energéticas alternativas às fontes tradicionais de origem fóssil, como o petróleo e o carvão mineral, que são poluentes e não renováveis. Opções limpas, como a energia solar, a eólica e os biocombustíveis, representam um novo modelo de produção ambientalmente correto.
O sonho de qualquer ambientalista é que, um dia, as fontes renováveis respondam pela totalidade da energia do mundo. Por enquanto, essa meta é uma utopia. Hoje, 80% da energia do planeta é gerada a partir de combustíveis fósseis. Na Europa, esses combustíveis são responsáveis por, igualmente, 80% das emissões de dióxido de carbono.
As energias limpas também apresentam um potencial do ponto de vista financeiro. Quem tem investido no setor não faz cara de arrependimento. Só o ramo de produtos e equipamentos voltados para a produção de energia solar movimentou em 2006 cerca de US$ 20 bilhões no mundo. O crescimento na próxima década deve alcançar a marca dos 25% ao ano, chegando a US$ 150 bilhões em 2015. Analistas preveem que, no mesmo período, os negócios com energia limpa de modo geral crescerão entre 20% e 30% ao ano.
Um dos desafios dos governos é incentivar a geração de energia limpa, o que pode ser feito até mesmo em casa. O Estado norte-americano da Califórnia, por exemplo, criou um programa que pagará US$ 2,9 bilhões em restituições por dez anos para famílias e empresas que instalarem painéis solares em suas dependências. A ideia é que, em 2010, o Estado gere 20% de sua eletricidade por meio de fontes renováveis.
Os avanços dos países europeus, por enquanto, são modestos. A Alemanha, um case de sucesso, gera 15% de sua energia com fontes renováveis. A Inglaterra, apenas 5%. De acordo com um relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, o investimento no mercado de energia sustentável no mundo aumentou cerca de 5% de 2007 para 2008, alcançando US$ 155 bilhões. Pode ter sido um efeito da crise que afetou a economia internacional. Nos três anos anteriores, os crescimentos haviam alcançado taxas bem mais substanciais - de 2004 para 2005, por exemplo, foi de 73%. A boa notícia é que 2008 marcou o primeiro ano em que novos investimentos em geração de energia renovável foram mais altos do que em tecnologias de combustíveis fósseis.


Origem: Economia da Energia, de Helder Pinto Jr., Edmar F. de Almeida e José Vitor Bomtempo (Campus, 2007)

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